Loucura (parte II)

O que é (ser) amado sem ser amante
O que é caminhar pelas ruas
E nos outdoors
Enxergar teu rosto a todo instante
Sou tua .
Tolo,
Nunca o fui .


Perca-se nas tortuosas avenidas
Do torpor
E depois me diga que foi minha culpa
E que foi culpa sua
E que foi culpa do destino


A culpa está em obrigar alguém a amar
O que jamais amara
E fingir que amou quando isso
É incapaz de fazer
De uma coisa estou certa
Quero para sempre
Distância de você

Beijos Vazios

As mãos tremendo
O coração ,acelerado,batendo
Tuas palavras fluem disconexas em minha mente
Apenas aceno
Finjo que estou entendendo



A ansiedade toma conta de meu ser
Meu corpo suplica para que um ósculo
Possa receber
Um olhar,um toque
Uma prévia
Do que está prestes a acontecer



Suas mãos em minhas mãos
Nossos corpos um para o outro voltados
Um afago em meus cabelos
Acaricio a tua alma com meus olhares apaixonados
Até que por fim
O evento esperado acontece :
Nossos lábios são selados


Teu hálito morno bafejando minha face
Nossas línguas se tocando com um sabor quente e adocicado
Teu cheiro me impregnando
Mas é só isso?!
Sabor,aroma e um mero contato?
E quanto aos sinos,aos sabores,a paixão de fato ?



Seus lábios tão gélidos,tão frios
Beijo-te sem emoção
Mas que lástima !
Tanta excitação
Por meros beijos vazios ...